Eu criei esse blog pra contar uma experiência pessoal sobre como eu iria reduzir minha produção de lixo, mas ao longo do tempo, as demandas aumentaram a ponto dele se tornar meu trabalho. Pra viabilizar financeiramente meu trabalho e ele ser sustentável pra mim, eu faço um montão de coisas, entre elas, parcerias com marcas que queiram comunicar coisas das quais eu acredito. Eu escolhi essa opção porque ela me dá mais possibilidade de seguir produzindo a maior parte dos meus conteúdos de acesso gratuito (todas as redes sociais, o podcast, o blog).
Entre o que tá ruim e o que é perfeito existe um processo. E esse processo pode ser diferente pela vontade, pela disponibilidade, pela oportunidade, pela localidade de quem tá caminhando de um lugar pro outro. Eu, assim como todo mundo, também tô sempre em processo. Eu me disponibilizo pra compartilhar o meio do caminho: o processo de não saber de tudo, mas também de saber mais do que nada. Meu, de outros, de marcas que me chamam pra isso. E é isso que faço aqui na rede mundial de computadores, onde tô em várias casinhas.
Como que você vai confiar em mim? Eu não tenho como te responder isso assim, tipo, vai lá confia em mim que sou ponta firme (apesar deu me considerar ponta firme, mas vai que seus critérios são diferentes dos meus). Confiança é uma coisa que você que tá do outro lado da relação vai criar com base nas coisas que a gente for construindo nesse meio de campo, né?
O que posso me comprometer – e é o que sempre fiz – é de ser honesta em trazer as coisas que tô pensando, pesquisando, fazendo, estudando, aprendendo. É nesse gerúndio que eu habito e compartilho, seja pelo que tô vivendo de forma espontânea, seja pelo que uma marca me convidou pra trazer. Ou seja: eu nunca vou trazer algo que eu não tenha pesquisado, pensando, discutido, abordado, recortado ANTES aqui nos bastidores que vocês não acessam.
Eu não tenho como dizer como você pode ou porque você deve confiar em mim, mas eu confio em vocês pra fazerem as melhores escolhas com as informações que eu trago aqui porque a gente tá no mesmo grupo.
Como eu escolho as marcas com quem eu trabalho:
Eu escolho trabalhar com marcas que vejo que seu trabalho é sério, interessado, segue melhorando. Ou seja: saiu da página 1 de apenas tomar uma atitude que é mais bonita que eficaz e tem feito várias coisas pra reduzir seu impacto no mundo. Eu mesma pesquiso sobre a marca pra saber mais e, eventualmente, pergunto diretamente sobre algum aspecto que considere importante seja pra tirar uma dúvida seja pra saber a resposta e a postura da marca sobre. Como eu disse lá em cima, entre o que tá ruim e o que tá perfeito existe um processo. Por isso eu sei que é muito difícil achar uma marca perfeita, já que dar uma curva com um titanic não é uma coisa simples e rápida, mas eu valorizo tanto o meu quanto o processo das marcas.
Isso não significa que eu não tenha marcas com as quais não quero trabalhar de jeito nenhum (elas recebem negativas por email o tempo todo) ou que eu aceite qualquer discurso de forma fácil. Eu sempre vou pedir mais detalhes sobre o que querem que eu comunique, pra que eu entenda de fato o que tá sendo feito. Eu sempre vou partir do não e justificar pra mim mesma que situação aquilo seria válido e traria valor pra minha comunidade antes até de eu pensar com minha equipe uma proposta comercial. É inclusive por isso que a média de posts pagos nas minhas redes é de cerca de 1 por semestre. Sim. Só isso.
Eu não tenho vergonha nem problema em trazer conversas pra minha comunidade porque uma marca me abordou pra falar de um assunto, porque é uma escolha que eu faço. E é uma escolha cheia de critérios, cheia de conversa (que vocês não vêem) e que trabalho um monte pra trazer o que acho que traz valor pra quem tá comigo ao meu redor.
Quais critérios uso para fazer trabalhos com marcas:
- Que seja uma informação que possa ajudar minha comunidade a tomar uma escolha mais informada.
- Que traga uma solução pra um problema, mesmo que não seja uma solução totalmente perfeita, mas ainda assim, mais consciente.
- Que não estimule o consumismo, mas dê as ferramentas necessárias pras pessoas escolherem melhor o que consomem.
- Que seja uma marca que faça um trabalho sério e esteja comprometida a melhorar e construir conversas sobre isso com seu público.
O que fazer se você não gostar disso?
Você pode sempre me perguntar pra gente conversar sobre isso, desde que seja de forma educada e genuína. Você também pode ir embora, se preferir e deixar de me seguir. Ou simplesmente passar pra frente e ver outro conteúdo que você se identifique mais. O que proponho é que você veja esses conteúdos como isso que eu expliquei: uma informação que pode ser útil pra você fazer melhores escolhas ao invés da gente medir quão perfeita essa escolha é.
E se você não gostar, te convido a pensar: como alguém que discorda de mim comentaria nos meus posts de uma forma maneira, puxando conversa, construindo algo de uma forma benéfica pra nós? E se você gostar e ficar, tamo disponível demais pra seguir pensando e repensando! Até porque a gente tá junto no mesmo grupo.